domingo, 18 de dezembro de 2011

Noite Santa...


É noite…
Há um cheiro de magia no ar
As estrelas estão mais cintilantes
E os sinos não param de tocar

E eu aqui…neste meu quarto…
Na esquina de uma rua qualquer
Tapado com um cobertor de cartão
Na ânsia de um novo amanhecer

Não há ninguém na minha rua
E quem passa parece não me ver
O meu cobertor humedeceu
E meu doente e fraco corpo pede-me comer

Aproxima-se um grupo cantando
Vêm dos lados da Sé
Talvez me tragam uma refeição quente
Devem ser pessoas de Fé

Mas não…
Passaram sem ver
Caminhando numa alegre cantoria…
E não tive o que comer…

Esta noite que já foi minha
Mas hoje não se compadece
E aqueles a quem outrora fiz bem
Nenhum me aparece…

A magia da noite desvaneceu em mim
E alivia-me num plano angelical…
Nesta noite, noite Santa…
E minha ultima Noite de Natal…

sábado, 3 de dezembro de 2011

Chegou ao fim...



Chegou ao fim
Não era p’ra ser assim
Mas tudo acabou
Promessa sentida
D’um sonho de vida
Que o vento levou

Não há mais amor
Culpas ou rancor
É meu o presente
Matei o passado
Levaste o pecado
Já me és indiferente

É tarde demais
Não sinto os teus ais
Nem vou implorar
Já não somos iguais
Eu chorei cristais
Vais ver-me brilhar

Levaste o anel
Deixaste-me o fel
Mas sobrevivi
Queimei as memórias
Saudades inglórias 
Esqueci-me de ti

Ganhei o troféu
Desenhei o meu céu
Vou continuar
Já não estou magoada
Nem de alma fechada
Pronta p’ra amar

É tarde demais
Não sinto os teus ais
Nem vou implorar
Já não somos iguais
Eu chorei cristais
Vais ver-me brilhar.