quinta-feira, 21 de abril de 2011

O meu nome é Dulce...

Faço Pontes com o mundo
Portugal…um amor profundo
Que dou a conhecer
Na minha barca da fantasia
Mora a tristeza e a alegria
Na minha voz o "Renascer"

Passo na rua de manhãzinha
Na alvorada a "Laurindinha"
Acorda o meu cantar
Sou eu…a "Garça perdida"
Que chamou de novo á vida
A mais bela "Canção do mar…"

O meu nome é Dulce
E é esta a minha Sina
Cantar, cantar, cantar
Vivo nas vielas do fado
Sou o folclore mais amado
E nem a morte me há-de calar

Sou a "Cantiga da terra"
Mulher de paz mulher de guerra
Sou o "Fado Português"
Sou a "Lágrima" do coração
Talvez a "Lusitana Paixão"
Viajando de lés a lés

"Cuidei que tinha morrido"
Talvez fosse o coração ferido
Ou a minha "Estranha forma de vida"
Cantei "Amália por amor"
E a minha voz abriu-se em flor
Nos "Verdes anos" da vida.

domingo, 10 de abril de 2011

Fado negro...


Cai a noite, noite escura
Deita-se o sol na amargura
Da lua desencantada
Vestem-se de negro as estrelas
O meu coração adormece com elas
Abraçado á lágrima calada

É tão triste a minha sina
Qual vida de mulher varina…
Que se revolta contra a maré
Põe o xaile e corre á praia
Sorriso amorfo ar de catraia
Nas contas do rosário a sua fé

Fado negro, negro fado
Amor perdido amor achado
Nas vielas da minha vida
É no silêncio do queixume
Que a dor se dá em lume
Quando já me encontro perdida

Fado negro, madrugada ferida
Manhã magoada p’la despedida
No poema que não escrevi
Já percorri toda esta estrada
De mulher carente, abandonada
Mas de amar não desisti.