quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

Nas trevas...

Ah! Universo onde me perco
Universo onde só a noite impera
Onde os sonhos se desarmam nas trevas
Na dor somática que me desespera

A noite ataca-me de assalto
E a insegurança está sempre à espreita
Envolve-me de medo e angústia
Enquanto um mar de lágrimas comigo se deita

Como uma ave perdida…
Que se afastou do bando
Necessito estar sozinha
E em pensamentos vou voando

Não sei qual o meu fim
Só sei das muitas tentações
Mas vou lutando todos os dias
Gerindo estas minhas aflições

Sou hoje o oposto de mim
O meu sorriso pereceu
Não controlo os meus estados de alma
Nem sei o que me aconteceu

Sou o cartaz da tristeza
O brilho da alegria que se apagou
Sinto-me estrela cadente
Do negrume que em mim se instalou

Ah! Como eu queria ser quem era
E sair gloriosa desta batalha
Ultrapassar os meus medos e anseios
P’ra me despedir desta minha mortalha...