quarta-feira, 18 de setembro de 2013

Tempo perdido...







Maldito tempo que não passa…

Tempo que marcou pela desgraça

Ferida que doeu e sangrou…

À noite numa praia deserta

Esperar-te-ei em hora incerta

E dar-te-ei a beber o fel que me matou


Procuro-te na hora escondida

Aquela que te pariu para a vida

E que te deu a corda para correr

Tropeça agora em cada segundo

Para que não tragas mais mal ao mundo

E para que eu possa renascer


Ah! Tempo que andas fugido

Por entre sombras escondido

Mas que um dia te hei-de encontrar

Talvez nas nuances duma tela

Numa escultura singela

Ou num poema por decifrar…


Vem e enfrenta-me agora!

Antes que chegue a aurora

Gritando o amanhecer

Embarca no vento norte

E numa rajada de sorte

Ainda te possa refazer…








Paula Martins

07/09/2013