segunda-feira, 31 de março de 2008

Mariana...

Mariana…A operária conserveira
Que da fome foi companheira
Mas lutou por um ideal
Ergueu a voz com convicção
Contra as forças da opressão
E a injustiça social

Mariana… Do passado e do presente
Do povo Setubalense
Ávido da sua história
Mulher achada, Mulher perdida
Assassinada em plena Avenida
Sem reconhecimento nem memória

Mariana…Amiga, camarada
Lutadora, maltratada
Por ilustres nomes da Cidade
Não tiveste nome de rua
A vala comum foi toda tua
Para que fosse esquecida a tua identidade

Mariana…Foste agora Homenageada
A tua história será divulgada
Com todo o respeito merecido
Corajosa, aventureira
És o rosto da mulher conserveira
E de um passado que jamais será esquecido.

terça-feira, 25 de março de 2008

O Embarque...


Porque choras tu minh’alma
E me dás a provar o fel
Porque insistes que embarque
No teu tão triste batel

Deixa-me só, por um momento
Preciso de me encontrar
Se eu afogar a tristeza
De alegria hei-de exaltar

Mas se tu vives em mim
Como posso eu me desprender
Se continuas a chorar
E a sangrar o teu sofrer

Porque choravas tu minh’alma
E se vestiu de negro a madrugada
Porque é que já não te sinto
E porque estou tão gelada

Não sei para onde foste
Deixei agora de te sentir
Se me ouvires vem para mim
Não me deixes assim partir.

domingo, 23 de março de 2008

O Canto da Cotovia...


Enquanto a cotovia cantava
Algo de errado se passava
No jardim da ambição
Sementes de ódio se espalhavam
Razões não se encontravam
Mas ficava a confusão

O querer voar mais alto
Atacava inocentes de assalto
Ao som daquela melodia
Com palavras de bem dizer
Num fundo de mal querer
Era assim dia após dia

Mas a cotovia cantava
Porque feliz ela estava
Comia o pão que merecia
Aquela ave trabalhava
Outras aves não maltratava
No jardim da hipocrisia

Enquanto a cotovia cantava
Os opressores contemplava
Num jardim que ali jazia
Será que ela rezava?
Ou será que contabilizava?
As injustiças que ali via…

quinta-feira, 13 de março de 2008

Vitória, Vitória!



Vitória, Vitória
Tens a mais bonita história
Deste imenso Portugal
Vitória, Vitória
Club da mais fina-flor
Vitoria, Vitória
Como tu não há igual
Vitoria, Vitória
És tu o meu grande amor

Vitoria, o meu club tão velhinho
Que eu vejo com carinho
Cada vez que vai jogar
Vitória, a todos nós tu pertences
Orgulho dos Setubalenses
Que te querem ver ganhar

Vitória, Vitória
Estarei sempre a teu lado
Vitória, Vitória
Desta Cidade do Sado

Vitoria, o meu club tão velhinho
Que eu vejo com carinho
Cada vez que vai jogar
Vitória, a todos nós tu pertences
Orgulho dos Setubalenses
Que te querem ver ganhar

Vitória, Vitória
Estarei sempre a teu lado
Vitória, Vitória
Desta Cidade do Sado.

Triste noite das memórias...


Triste noite das memórias
Desalento de batalhas inglórias
Do caminho que não se fez
Livre pensamento em viagem
Que numa pesada bagagem
Transporta, denunciada timidez

Oh! Escura e insensata noite perdida
Que não te encontraste com a vida
Para refazeres a tua história
Fala-me agora desse passado
Da memória desencantado
E traz-me merecida Vitoria

Oh! Navegantes desta noite
Permitam-me um pensamento afoite
Nesta tempestade que perdura
Tragam-me lembranças de felicidade
Para que encontre a identidade
E o caminho para a cultura.

Tristes...


Tristes os pobres de espírito
Que anseiam fazer mal,
Tristes os condenados
Que a vida fez sofrer,
Tristes todos aqueles
Que levantam o temporal
Na triste vida daqueles
Que os ajudaram a crescer!

sábado, 8 de março de 2008

Somos Vitória...

É p’ra ganhar, é p’ra ganhar
Mais uma taça que vai rolar
Temos orgulho na nossa história
Somos diferentes, Somos Vitoria!

Vão carrapaus e Alcorrazes
Com peixe fresco, somos capazes!
De alcançar com muita gloria
Mais uma taça para o Vitoria

Ora digam lá, ora digam lá
Se o Verde e Branco não está lá?
Este Vitória joga e não dorme
E não é grande, ele é Enorme

É tão bonito de se ver
O nosso club a crescer
Por cada canto da cidade
Vibr’a alegria e a vaidade

Vamos de carro, ou mesmo a pé
Buscar a Taça, ai ai pois é…
Não há vedetas, “nem jornalistas”…
Mas o Vitoria dá bem nas vistas

Ora digam lá, ora digam lá
Se o Verde e Branco não está lá?
Este Vitória joga e não dorme
E não é grande, ele é Enorme.

Perfume de amor...




Sentei-me numa estrela
A mais cintilante e bela
Só para te ver passar
Senti o teu perfume
E no meu coração o lume
Do desejo de te amar

Voei atrás de ti
O universo percorri
Com sede do teu amor
E quando te encontrei
Abraçada a ti chorei
Entre as asas de condor

Levaste-me ao infinito
Para ler o que haviam escrito
Nos planetas mais distantes
Bordadas em luzes de estrelas
Brilhavam as frases mais belas
Que perfumavam os amantes.