sexta-feira, 1 de agosto de 2014

Florbela...




Dá-me de beber! Oh Florbela
Embriaga-me na poesia mais bela
Para que eu te possa cantar
Tanto de ti e de ti nada
Mulher poema, mulher desgraçada
Nos trilhos do versejar

Tantas dores te assolaram a vida
Mulher amada mulher sofrida
Nos silêncios da desventura
Ensina-me a amar a saudade
A colher as rosas da inverdade
P’ra matar os espinhos dessa tortura

Florbela, Florbela…
Lágrima esquecida inócua donzela
Coração que teimou em amar, amar, amar
Dessa teimosia foste escrava
Na poesia rosa brava
Como quem colhe sem semear…

Paula Martins