Entraste sem pedir licença
E sem dar pela tua presença
Possuíste-me de forma leviana
Aproveitaste-te do meu cansaço
E sem pudor ou embaraço
Confrontas-me com força insana
Ai! Saúde que te perdi…
Ainda ontem estavas aqui
E como eu te agradecia
Hoje não te sinto por perto
E com a alma a descoberto
Abraça-me a melancolia
Quem és tu? Que me maltratas
E me vais condenando a mente
Quem és tu? Que me consomes
E insistes em estar presente
Apoderam-se rasgos de dor
Neste calvário tortuoso
Luto com todas as forças
Mas o caminho é escabroso…
Ai! Saúde que te perdi…
Quantas rosas, contigo colhi
E hoje só encontro os espinhos
Restam-me as sementes da esperança
Onde deposito toda a confiança
E vou traçando, novos caminhos…
Ai! Saúde que te perdi…
Não sei o que este monstro faz aqui
E porque não pára de me corroer?
Se é a morte, que me anuncia
Essa, será certa um dia…
Mas não, quando ele entender…
"Homenagem a todos aqueles, que estão a passar ou já passaram por este pesadelo."