Choro as palavras que escrevo
E as entrelinhas do que não digo
Sou o que devo e o que não devo
E bebo lágrimas como castigo
Sou pedra da calçada já cansada
Numa rua onde já ninguém passa
Sou o grito, sou pedra desventrada
P’lo desejo que lá morava e agora escassa
Sou o tão desejado cais de outrora
Mas que agora não te segura a corrente
Sou o fogo que te incendiou naquela hora
Labareda que fizeste estrela cadente
Sou a dor que dilacera a toda a hora
Sou a carne possuída sem pudor
Sou mulher que tem alma e que chora
Que dá seiva… tão só e só por amor…
Choro as palavras que escrevo
E as entrelinhas do que não digo….
E as entrelinhas do que não digo
Sou o que devo e o que não devo
E bebo lágrimas como castigo
Sou pedra da calçada já cansada
Numa rua onde já ninguém passa
Sou o grito, sou pedra desventrada
P’lo desejo que lá morava e agora escassa
Sou o tão desejado cais de outrora
Mas que agora não te segura a corrente
Sou o fogo que te incendiou naquela hora
Labareda que fizeste estrela cadente
Sou a dor que dilacera a toda a hora
Sou a carne possuída sem pudor
Sou mulher que tem alma e que chora
Que dá seiva… tão só e só por amor…
Choro as palavras que escrevo
E as entrelinhas do que não digo….