Maldito tempo que não passa…
Tempo que marcou pela desgraça
Ferida que doeu e sangrou…
À noite numa praia deserta
Esperar-te-ei em hora incerta
E dar-te-ei a beber o fel que me matou
Procuro-te na hora escondida
Aquela que te pariu para a vida
E que te deu a corda para correr
Tropeça agora em cada segundo
Para que não tragas mais mal ao mundo
E para que eu possa renascer
Ah! Tempo que andas fugido
Por entre sombras escondido
Mas que um dia te hei-de encontrar
Talvez nas nuances duma tela
Numa escultura singela
Ou num poema por decifrar…
Vem e enfrenta-me agora!
Antes que chegue a aurora
Gritando o amanhecer
Embarca no vento norte
E numa rajada de sorte
Ainda te possa refazer…
Paula Martins
07/09/2013
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