quinta-feira, 22 de maio de 2014

Quando eu morrer...






Quando eu morrer…
Que seja morte eternizada
Que os poetas se vistam de memórias
Ficando minh’alma a versos abraçada

Deixo minh'obra inacabada
Com tanto demim e de mim nada
Para que nela possam divagar
São retalhos…ou talvez gotas de vida
De alguém que por sofrer andou perdida
Que nem eu mesma sei decifrar

Quando eu morrer…
Que nasça em mim a alvorada
Que as flores exalem perfumes
Nas páginas onde posso ser encontrada

Tatuei vida nos poemas que escrevi
Com as emoções que senti…
Sorrisos e lágrimas que chorei
Amor, revolta e fantasia
O que vi e senti a cada dia
Nos trilhos deste mundo por onde andei.


Paula Martins

1 comentário:

Nilson Barcelli disse...

Também já não te visitava e lia há imenso tempo. Quase um ano, penso eu...
Mas vou daqui encantado com a tua poesia.
Este poema, por exemplo, é excelente. Gostei muito do tom, do ritmo, da melodia e de outros bons atributos que só quem tem talento o faz. E tu tens muito talento para a poesia (isso já não é novidade para mim há muito tempo...).
Para além disso, ninguém consegue uma obra acabada com a vida que teve quando parte. Pode-se sempre fazer mais e melhor...
Boa semana, querida amiga Paula.
Beijo, grande pela saudade.