Aguas caladas
Impróprias para regar sonhos
Vidas manchadas
Por intempéries de mares medonhos
Impróprias para regar sonhos
Vidas manchadas
Por intempéries de mares medonhos
Luvas calçadas
Por quem as mãos não quer sujar
Vozes silenciadas
Por quem não se permite a escutar
Abram-me a porta!
Deixem-me entrar
Oiçam o meu grito
O meu suplicar
Não quero ter medo
Quero alcançar
Um pouco de paz para me abrigar
Abram-me a porta
Sem fazer alarde
Resgatem-me agora
Que depois será tarde.