sexta-feira, 30 de novembro de 2007

Aguas caladas...


Aguas caladas
Impróprias para regar sonhos
Vidas manchadas
Por intempéries de mares medonhos

Luvas calçadas
Por quem as mãos não quer sujar
Vozes silenciadas
Por quem não se permite a escutar

Abram-me a porta!
Deixem-me entrar
Oiçam o meu grito
O meu suplicar

Não quero ter medo
Quero alcançar
Um pouco de paz para me abrigar

Abram-me a porta
Sem fazer alarde
Resgatem-me agora
Que depois será tarde.

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