terça-feira, 13 de novembro de 2007

Despes-me...


Despes-me das vestes que não trago
Em minh’alma a noite já vai longa
Sou o doce onde buscas o afago
Nos beijos que o amor não prolonga

Carícias que buscam o suco mel
Lábios de assédio cor romã
Em meu corpo o convite sente o fel
Do amargo que é visita da manhã

Levas o melhor que há em mim
Despes-me da realidade da vida
Tatuas os lençóis de cetim
Com o sangue da raiva escondida

Despes-me das vestes que não trago
Na noite que teima em ser triste
No meu coração semeias o estrago
Do louco que em ti existe.

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