sábado, 23 de agosto de 2008

Fado cansado...


Sou restos de um fado já cansado
Na história um amor acabado
Que os poetas mal sabem contar
Sou o silêncio que escutas em pensamento
A saudade que sentes no momento
Em que a lágrima teima em não gritar

Sou fado quando me abraças a voz
Poema doce mas feroz
N’alma que me inspira o momento
Sou gaivota que voa à deriva
Que se esconde no meu xaile de diva
Ao ouvir o trinar do meu tormento

Boa noite senhor meu fado
Cheguei hoje de um qualquer lado
Só para te ouvir cantar
Apaguei as luzes à tristeza
Trouxe no meu vestido a fortaleza
P’ras lágrimas qu’inda hei-de chorar

Canto hoje as minhas e tuas dores
Vivências fraquezas e amores
Que só nos fizeram sofrer
Tu és a minha vida o meu fado
Aquele que mesmo em pecado
Nunca me hei-de esquecer

Sou o resto dos restos e mais nada
Vida de uma vida passada
Nota d’um tom já esquecido
Sou fado sou a história contada
Numa noite que foi inspirada
No poeta que havia partido.

5 comentários:

Ao Sabor da Poesia disse...

Olá minha querida
Fiquei muito feliz com a sua visita principalmente por saber notícia de você....tô com saudade

Poema lindíssimo....Parabéns e pelo
seu cantinho também adorei vir visitá-la...

Grande beijo

Cristina Sousa disse...

Olá Paula :-))

Parabéns pelo novo visual.

Como sempre um poema maravilhoso.
Obrigada pelo carinho da tua visita.

Beijocas e uma ótima semana.

Nilson Barcelli disse...

Entrei no seu blogue por acaso... e ainda bem...
Fiquei maravilhado com os seus poemas. Li apenas alguns, mas deu para ver que é poetisa. Parabéns.

Anónimo disse...

Olá Paula

Sou um incondicional adepto e admirador da sua forma tão simples e expontânea como transpõe no papel o que lhe vai na alma.

Espero não me levar a mal de ter alguns poemas seus no meu simples blog; porque de facto me dizem muito.

Também gosto muito de escrever; o papel e a caneta, sempre foram meus companheiros em todos os momentos.

Felicito-a pelo novo visual

Votos de um excelente domingo

Se me é permitido deixo-lhe um beijo

Unknown disse...

Indigno de tão lindas palavras, aqui me rendo e queria ser douto nas palavras de agradecimento e elogio por tudo o que desfruto e aprendo com seus espoentes máximos na manipulação das letras com que compõe tão maravilhosos poemas. Meu respeito e admiração crescentes, são tudo o que tenho para a grande poetisa e amiga Paula,


~*~ *** ~*~
Quantas vezes as palavras são escassas,
Para dizer o que nos vai na alma cansada,
Para revelar o que quer gritar o coração,
Para descrever esta alegria conquistada.

Sim, foi incomensurável a felicidade
Que me trouxe sua grande mensagem.
Provocou grandes e belas realizações
Renovou meu âmago, reanimou a coragem.

Quis Deus, cruzar nossos caminhos,
Mesmo não sendo eu disso merecedor,
Mas contudo, será a justa recompensa,
Desta minha dedicação e deste amor!

Não há como mostrar minha gratidão
Por Ele ter mostrado anjos, querubins,
Nem pela inesquecível e doce sensação
De a conhecer, a si, ilustre Paula Martins.


Com muito carinho de A.cha