És um espelho prateado
Quando a lua te irradia
O teu perfume doce e alado
Dança no vento em alegria
Abraças quem te visita
E mostras a tua riqueza
E só quem te vê acredita
Que beijas a natureza
Meu Sado, meu Sado
Manto azulado
Pedaços de Mar
Hino á alegria
Seja noite ou seja dia
Eu irei sempre te amar
Meu Sado, meu Sado
Pelo sol coroado
Meu rio da sorte
Em tudo és diferente
Até a tua corrente
Vai do Sul para Norte
Ofereces a brisa á cidade
Mal acorda um novo dia
E frutos da melhor qualidade
Com sabores a maresia
Na bela praia de Tróia
Tens o altar da Protectora
Meu Sado tu és a jóia
Do Rosário da Nossa Senhora.
“… Começa um fluir de pensamentos que me exalta o sentimento, é aí que escrevo e dando vida ao que sinto abro as asas às minhas fantasias, são esses pensamentos que me levam a juntar palavras onde tudo faz sentido e já não posso parar... parece que sinto algo dentro de mim que me vai conduzindo na escrita…”
quinta-feira, 30 de abril de 2009
Meu Sado...
quinta-feira, 23 de abril de 2009
Este é o cartaz do Musical "Por dez Réis". Esta peça esteve em cena em Setúbal e foi um sucesso.
Foi um grande desafio que o meu Amigo Portugal da Silveira (autor da peça) me fez, para que eu escrevesse grande parte das letras.
Este Musical foi inspirado na história de uma Operária da indústria Conserveira (Mariana Torres), que foi assassinada em 1911 em Setúbal, por ter movido homens e mulheres da sua classe contra as forças da opressão, em prol de um aumento de Dez Réis de salário. Esta mulher durante muitos anos foi esquecida e apagada da história.
Há alguns meses atrás, publiquei um poema de Homenagem á Mariana Torres e hoje anexo o cartaz da peça.
Agora que já conhecem a história, deixo-vos novamente com o poema para uma melhor compreensão.
Mariana…
Mariana…A operária conserveira
Que da fome foi companheira
Mas lutou por um ideal
Ergueu a voz com convicção
Contra as forças da opressão
E a injustiça social
Mariana… Do passado e do presente
Do povo Setubalense
Ávido da sua história
Mulher achada, Mulher perdida
Assassinada em plena Avenida
Sem reconhecimento nem memória
Mariana…Amiga, camarada
Lutadora, maltratada
Por ilustres nomes da Cidade
Não tiveste nome de rua
A vala comum foi toda tua
Para que fosse esquecida a tua identidade
Mariana…Foste agora Homenageada
A tua história será divulgada
Com todo o respeito merecido
Corajosa, aventureira
És o rosto da mulher conserveira
E de um passado que jamais será esquecido.
quinta-feira, 9 de abril de 2009
A quimera...
Em notas altas trazidas pelo vento
Que só o sangue sabe escutar
Sinto o teu grito nas entranhas
Com dores de mentiras tamanhas
De um falso enigma por decifrar
O teu sorriso há muito esquecido
Esboça um ar esmorecido
De quem já não sabe sonhar
És o caminho das lágrimas já cansadas
Que morrem ao longo dessas estradas
Que a tua mente quer olvidar
Voa em busca da verdade
Sente no vento a liberdade
E vive a primavera que te espera
Abre a porta da esperança
Quebra o pesadelo da má lembrança
E a tua vida será uma quimera.