sábado, 30 de outubro de 2010

Choro as palavras...

Choro as palavras que escrevo
E as entrelinhas do que não digo
Sou o que devo e o que não devo
E bebo lágrimas como castigo

Sou pedra da calçada já cansada
Numa rua onde já ninguém passa
Sou o grito, sou pedra desventrada
P’lo desejo que lá morava e agora escassa

Sou o tão desejado cais de outrora
Mas que agora não te segura a corrente
Sou o fogo que te incendiou naquela hora
Labareda que fizeste estrela cadente

Sou a dor que dilacera a toda a hora
Sou a carne possuída sem pudor
Sou mulher que tem alma e que chora
Que dá seiva… tão só e só por amor…

Choro as palavras que escrevo
E as entrelinhas do que não digo….


6 comentários:

Sonhadora (Rosa Maria) disse...

Minha querida

Um poema belo na sua nostalgia, mas que a mim me diz muito.

Choro as palavras que escrevo
E as entrelinhas do que não digo….

Como eu sei do que falas.

Beijinhos com carinho
Sonhadora

Osvaldo disse...

Paula;

As palavras têm o seu mistério...
Por vezes as choramos e muitas vezes as engolimos para escoder as emoções,... mas na maior parte das vezes as palavras levam-nas o vento.
Por isso, é bem melhor as passar para o caderno de poemas onde elas serão eternas.
bjs, Paula

As essências das emoções disse...

O choro dum coração produz belas poesias... beijinhos

José disse...

Paula!

Desculpe ter entrado sem ter sido convidado para isso, mas ouvi o choro das palavras, e não resisti, vim ver op que se passava, e gostei do que vi.

José.

Valquíria Calado disse...

Olá, vim desejar-te um lindo domingo,com uma abençoada semana, deixo também um abraço.

Meus espaços te esperam com aconchego de amiga.

http://valvesta.blogspot.com/
http://hanukkalado.blogspot.com/
serás bem vinda.

Odete Ferreira disse...

Gritos de alma...
(Conheci o blogue pela Céu, Toque de Midas):)