Se ao menos Pessoa acordasse os sentidos
E ouvisse os meus gemidos
Nas palavras que o meu silêncio grita
Talvez a poesia fosse verdade
E o mar fizesse a vontade
De me embalar naquilo em que acredita
E ouvisse os meus gemidos
Nas palavras que o meu silêncio grita
Talvez a poesia fosse verdade
E o mar fizesse a vontade
De me embalar naquilo em que acredita
Oh mar! Tantas vezes que foste cantado
E pelo poeta desenhado
Nas folhas do entardecer
Ensina-me a amar a saudade
Mas antes…afoga-lhe a crueldade
Antes que ela me deixe morrer
Se ao menos Pessoa estivesse aqui
Lia o livro que não escrevi
E bebia as palavras que não nasceram
Neste mar tantas vezes rasgado
E pelas naus conquistado
Onde tantos filhos por lá se perderam.
E pelo poeta desenhado
Nas folhas do entardecer
Ensina-me a amar a saudade
Mas antes…afoga-lhe a crueldade
Antes que ela me deixe morrer
Se ao menos Pessoa estivesse aqui
Lia o livro que não escrevi
E bebia as palavras que não nasceram
Neste mar tantas vezes rasgado
E pelas naus conquistado
Onde tantos filhos por lá se perderam.