Ama-me e faz-me tua
Molha a minh’alma semi-nua
Num diluvio de prazer
Rasga-me as poucas vestes que envergo
Enquanto no deleite me ergo
À beira mar sobre o teu corpo ao
entardecer
Escuta os meus gemidos no rebentamento
Da onda que surge no momento
Em que o teu olhar me diz apaixonada
Deixa fluir todo o nosso encanto
Cobre-me como se fosses um manto
Neste colchão feito de areia molhada
Ah! Como é bom este sentir…
Do saborear da onda que está para vir
Junto da alga mais perfumada
Onde os nossos corpos se fundem em
volúpias
Mais flamejantes que as noites de núpcias
Nesta praia onde amei e fui
sobejamente amada.
Paula Martins
26/09/2015