sexta-feira, 6 de novembro de 2015

Os meus silêncios...





São os meus silêncios lamentos…
Arrastados pelas correntes e p’los ventos
Em gritos de dor que ecoam o universo
É alma que sangra a toda a hora
Na hemorragia das lágrimas que chora
Abandonadas na folha de um só verso

Estas luzes que o sol apagou
No queixume de quem se magoou
Vibram como cascavéis numa enseada
Trespassam o corpo frágil sem piedade
Ocultam a origem e a verdade
Num silêncio que tanto diz e não diz nada

Percorro todo um caminho perdido
Deambulando e de coração ferido
P’los gritos do silêncio que me acompanha
Com os trajes da mágoa e da saudade
Vou sorrindo pelas ruas da cidade
Como quem se despede de dor tamanha.

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