segunda-feira, 26 de maio de 2008

Cais de esperança...

Sei d’um rio que ainda passa
P’las aguas desse teu cais
Sei de um amor que ainda chora
Sem deixar ouvir seus ais

Levado p’la corrente vai
Tresloucado na sua ira
Num queixume silencioso
Que de amor’inda suspira

Ai de mim que te sinto
E de tão perto, já vão distantes
As saudades que te feriram
Em sentimentos expectantes

Esta água qu’ainda corre
Sem saber se volta um dia
Ás veias desse teu cais
Que nele ainda confia

Oh! Águas que também viestes
E que acenastes sempre em vão
Podeis navegar livremente
No néctar desse coração

Sei d’um rio que ainda passa
Num cais cheio de esperança
Leva consigo silenciosos ais
E um grande amor na lembrança.

1 comentário:

Alvaro Oliveira disse...

maravilhoso este seu poema,
que reflete sentimento, dor
e nostalgia. continue sempre a escrever, pois a literatura
poética necessita de autores
com esta qualidade.
Parabéns Paula Martins
Um bj.
Alvaro Oliveira