quarta-feira, 14 de maio de 2008

Meu corpo...


Sou a água viva deste rio
Em ondas de calor e frio
Beijos de uma margem qualquer
Sou fúria d’um vulcão em ameaça
Aquele que p’la serra já não passa
Se isso de mim depender

Como um barco que navega á luz da lua
Bailarina que dança semi nua
Levada pela corrente do amor
Sou gaivota que acompanha o cardume
A chama que grita no lume
Aquela que se dá em flor

Sou o oásis do teu perdido deserto
A palavra que tens sempre por perto
O mapa que queres decifrar
Sou as entrelinhas do que não digo
Escondida num campo de trigo
Onde ninguém me há-de encontrar

Como sombra que passa despercebida
Vivo entre uma e outra vida
Na indelével força do ser
Sou a brisa que corre envergonhada
No meu corpo de terra lavrada
Onde o sol irá sempre nascer.

3 comentários:

Cristina Sousa disse...

Olá :-))

Gostoso te ler.

Bjs e bom feriado

Anónimo disse...

Olá Paula

Espero que não leve a mal o facto de a ter citado, por mais que uma vez, no meu Blog

Adoro a forma sublime como escreve

Gosto de a ler

Bom feriado

Anónimo disse...

o que eu estava procurando, obrigado