Estou farta de ser quem nunca fui
E de não ser quem realmente sou
Despi-me das falsas identidades
E será assim que agora me dou
Não me peças para ser quem queres que eu seja
Porque das outras já não me resta nada
Serei assim, serei eu mesma
De representar fiquei cansada
Já não temo as tuas ameaças
O teu grito já não me intimida
Fui eu uma manta de retalhos
De quantas as mulheres que te passaram pela vida
Ah! Quanta loucura ainda vive em ti
E em quantos mares de lágrimas eu já naveguei
Por seres insano sonhos perdi
Mas agora basta! Porque hoje mudei.
“… Começa um fluir de pensamentos que me exalta o sentimento, é aí que escrevo e dando vida ao que sinto abro as asas às minhas fantasias, são esses pensamentos que me levam a juntar palavras onde tudo faz sentido e já não posso parar... parece que sinto algo dentro de mim que me vai conduzindo na escrita…”
sexta-feira, 31 de outubro de 2008
Estou farta...
segunda-feira, 27 de outubro de 2008
Odeio-te!
Oh! Profissão que me dás de comer
Que vergonha por te pertencer
Mas outra não conheci…
Nascida de ti fui criada
Explorada e mal tratada
E de tudo aprendi
Sacio a fome de homens
Carniceiros e lobisomens
De camisa bem vincada
Servem-se do prazer que não conheço
Tem meu corpo um conspurcado preço
Num saldo de uma qualquer estrada
Oh! Profissão que me dás de comer
Fala-me do amor ao anoitecer
Para que parta a sonhar
Desta vida estou cansada
Mata-me hoje na tua estrada
Antes que me voltem a usar.
quarta-feira, 22 de outubro de 2008
Do tempo esquecido...
És tempo que o tempo já não sabe contar
Caravela que enfrenta as iras do mar
De velas rasgadas p’las intempéries da vida
No olhar o queixume das vivências de outrora
Aquele sentimento que teme mas implora
Que tragam de novo a mocidade perdida
No teu rosto adivinhasse a sabedoria
Das obras que edificaste um dia
Em prol de vermes da sociedade
Feitos que há muito foram esquecidos
Que do reconhecimento andam perdidos
Na gaveta de quem guarda muita inverdade...
Fortalece-te agora nas forças do vento
Renasce na vitória das entranhas do tempo
Antes que este se dilua e se esgote
Desperta agora todos os sentidos
Para que os vermes sejam punidos
E que ninguém mais te derrote.
domingo, 19 de outubro de 2008
"Os Alcorrazes" na RTP 1
Cantaram e encantaram, um desses momentos foi com este meu poema "Bairro Troino". Oiçam e saboreiem o Bairro onde nasci e cresci. Aqui deixo um carinhoso beijo no Coração deste Grupo que muito me orgulho de ser Amiga.
sexta-feira, 10 de outubro de 2008
O caminho...
Deixa que o sol entre na tua vida
Esquece as amarguras passadas
Existe uma oportunidade escondida
Para que as tuas noites voltem a ser estreladas
Segue o caminho da luz
Vai em frente, continua
Se é a vida que te seduz
Então prende-a porque ela é tua
Há um caminho secreto
Que só tu podes descobrir
E só ficará completo
Se caminhares a sorrir
Quando terminares a viagem
Esperar-te-ei na saída
Para te aliviar a bagagem
Que perturbou a tua vida.
domingo, 5 de outubro de 2008
As letras deste mar...
Desenhei-me com asas para voar
Em vales de sonhos e fantasias
Retratei pesadelos assombrosos
Cantei os amores mais fogosos
E partilhei as minhas alegrias
Fiz amor com os versos que escrevi
Declamei poemas que não li
E amei cada palavra registada
Musiquei rimas com o meu perfume
No palco das letras representei o ciúme
No papel da mulher, amante e depravada
Emergi por entre as letras deste mar
Vestida de asas para voar
Nas páginas da mais bela poesia
Transformei cada palavra sentida
Em abraços de amor pela vida
Com as asas que a inspiração me oferecia.