És tempo que o tempo já não sabe contar
Caravela que enfrenta as iras do mar
De velas rasgadas p’las intempéries da vida
No olhar o queixume das vivências de outrora
Aquele sentimento que teme mas implora
Que tragam de novo a mocidade perdida
No teu rosto adivinhasse a sabedoria
Das obras que edificaste um dia
Em prol de vermes da sociedade
Feitos que há muito foram esquecidos
Que do reconhecimento andam perdidos
Na gaveta de quem guarda muita inverdade...
Fortalece-te agora nas forças do vento
Renasce na vitória das entranhas do tempo
Antes que este se dilua e se esgote
Desperta agora todos os sentidos
Para que os vermes sejam punidos
E que ninguém mais te derrote.
5 comentários:
Bem escrito o seu poema.
Tem ritmo e fluidez.
Bjs
Olá Paula;
Gosto imenso como você escreve. Os seus poemas têm nexo e terminam bem orientados no texto.
"Do tempo esquecido", é um poema que percorre esse mesmo tempo lembrando que nada se esquece apenas se adormece até quando o acordarmos (o tempo)...
bjs.
É sempre estimulante encontrar a excelência poética!
Parabéns!
O TEMPO é o elemento que mais respeito! Há que aprender com ele, inteligentemente. Por vezes, no atropelo, esqueço-me disso...
Obrigada Paulinha, por me relembrares e me tocares na "ferida".
Beijinho. Até sempre...
Um poema muito bonito, muito bem feito, que me parece ser uma dedicatória a todos os que pela idade avançada e doentes, a sociedade por vezes esquece e despreza.
Parabéns pela sua inspiração.
Um beijinho.
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