quinta-feira, 27 de novembro de 2008

Revolta...



Faz frio,
Lá fora o vento sopra, desmembrando as árvores agastadas
As nuvens correm como loucas, sem rumo desesperadas
E eu aqui…
Triste e humilhada pela minha impotência
Pelo silêncio na denúncia a tamanha violência
Faz frio…
Sobre as pedras da calçada, procuras um desencantado conforto
Poucas são as vestes que trazes e a fome deixa-te absorto
 Numa outra rua, numa mesma fome num outro lugar
Onde uma mama secou, há uma criança a chorar…
E eu aqui…
Triste e humilhada pela minha impotência
Por não te puder valer na denúncia da carência
Faz frio…
E eu aqui…
Encarnando cada vida, cada momento triste
Cada hora mal passada, cada lágrima derramada
Enquanto lá fora o vento sopra e as nuvens correm como loucas
No meu grito solta-se a revolta que não chega às orelhas moucas…


terça-feira, 18 de novembro de 2008

Hoje quero ser louca...

Quero ser louca 
Quando os nossos olhares se encontrarem
E quando disseres que me amas
Quando saborear o suco dos teus beijos
E quando a paixão se der em chamas

Quero ser louca
Quando os teus dedos delinearem o meu corpo
Como quem procura um tesouro perdido
Quando tu e eu formos um só
E quando a minh’alma te servir de brigo

Quero ser louca
E quero entregar-me por inteiro
E em loucura te direi
Que és tu o meu amor primeiro.


quinta-feira, 13 de novembro de 2008

Simplesmente só...


Ai de mim que tanto te amo
E que não te encontro nas minhas frias noites
Na escuridão não te vejo no caminho
E a saudade sangra-me o coração com açoites

Perfumei-me com aromas de flores silvestres
Para que sentisses no meu amor a liberdade
Á tua espera alimentei-me de paixão
Vestida de prazer e de verdade 

Fiz a nossa cama em branco linho
E com pétalas de rosas abracei romãs
Embriaguei o amor com verde vinho
Mas sozinha acordei todas as manhãs.