Faz frio,
Lá fora o vento sopra, desmembrando as árvores agastadas
As nuvens correm como loucas, sem rumo desesperadas
E eu aqui…
Triste e humilhada pela minha impotência
Pelo silêncio na denúncia a tamanha violência
Faz frio…
Sobre as pedras da calçada, procuras um desencantado conforto
Poucas são as vestes que trazes e a fome deixa-te absorto
Numa outra rua, numa mesma fome num outro lugar
Onde uma mama secou, há uma criança a chorar…
E eu aqui…
Triste e humilhada pela minha impotência
Por não te puder valer na denúncia da carência
Faz frio…
E eu aqui…
Encarnando cada vida, cada momento triste
Cada hora mal passada, cada lágrima derramada
Enquanto lá fora o vento sopra e as nuvens correm como loucas
No meu grito solta-se a revolta que não chega às orelhas moucas…
24 comentários:
Estou, absolutamente, espantada!... Com que facilidade consegues entrar no meu coração e chorar as lágrimas, há tanto tempo, retidas nos meus olhos gastos? Faz frio... O cenário é aridamente gélido e deixa-nos sem forma e compostura... enquanto nos debatemos numa luta sem limites... mas, permanecemos impotentes!
Muito obrigada por, desta forma, me ajudares a exorcizar estes sentimentos, colectivos(?). Beijinho. AA.BN.DBCA.
Olá Paula...
Muito sensível este seu poema!
Uma clara denúncia do triste quadro
que a vida nos apresenta em cada dia da nossa vida!
Lamentável é que tantas orelhas moucas nãon se abram ao grito desesperado de quantos sofrem estas agruras:ainda bem que um gritom de revolta se une ao grito.
Parabéns Paula. Um beijo. Álvaro
Olá Paula ...
É sempre para mim um prazer visitá-la. Nunca sei com o que vou ser surpreendido.
Admiro a fluidez e facilidade com que transmite e faz reflectir em seus poemas todo um sentimento, estado de alma quiça desabafo dum quotidiano ou de uma vida.
Bom final de semana
Beijo
Olá Paula;
Com tão belo poema; "Enquanto lá fora o vento sopra e as nuvens correm como loucas", até n´s sentimos "Revolta" a quem faz "orelhas moucas"...
bjs
Realmente há alturas em que faz frio não só no tempo, mas também na alma.
A vida fica gelada impotente para a reacção.
Fantástico . Gostei imenso
bjinho
Olá querida Paula, faz frio e eu senti-o aí nas terras do Sado através das tuas palavras, que embora lindas, deixam passar uma certa melancolia... Tens uma grande sensibilidade... Espero que passes estes momentos menos bons... Beijinhos de carinho e ternura,
Fernandinha
Um excelente fim de semana para a Paula, apesar de tudo. Retirando todo o pragmatismo que me corresponde, por vezes é apenas baixar o som dos médias e esquecer que não estamos no melhor dos mundos, mas apenas no nosso. Nunca se diga incapaz, ” ( senão para que estaríamos nós aqui a perder tempo), somos sempre “indispensáveis” basta que para isso nos “tornemos”.
Beijo sereno.
Carlo
Ao ler este seu poema tão intenso pela veracidade, interrogo-me como poderei ajudar a que o mundo se torne menos agreste para com todos os que sofrem?
Bem-haja por desta forma tão eloquente me fazer reflectir.
Um beijo.
Olá amiga Paula,
Sinto-me honrado e foi para mim um enorme prazer contar com a tua visita.
Sou teu fã incondicional.Perco-me no teu blog.
Os meus agradecimentos pelo teu comentário.
Sinceros votos de um excelente fim de semana.
Beijinhos deste teu amigo.
Soberbo poema cara amiga.
O teu grito de revolta é lancinante, profundo e igualmente belo.
Não tenho mais palavras, parabéns.
Beijinhos.
Faz frio ver imagens como as que nos mostra.
Mesmo em pleno Verão.
Bjs
Nunca deixes de gritar! chega sempre aos ouvidos de alguém!! um beijo de Barcelona
Olá Paula,
Hoje venho fazer-te um desafio... rss, visita o meu blog.
Bejocas e tem um alegre dia.
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