quinta-feira, 11 de outubro de 2007

Vendi-me...



Vendi-me a um homem qualquer
Sem noção do que queria para mim
Em meu corpo pouco trato de mulher
Sem aromas de rosas ou jasmim
.
Vendi-me na madrugada mais sangrenta
A um outro que queria desconhecer
Em meu corpo malhas cor magenta
Das mãos de quem me fez mulher
.
Vendi-me aos caprichos mais violentos
Numa manhã em que o sol já não nascia
Em meu corpo a devastação de fortes ventos
Nos cálices o licor da agonia.

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